sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Presidente, Presidenta ou Presidanta


Desde que assumiu a presidência da república a Presidente Dilma Rousseff instituiu um novo vocábulo no vernáculo: Presidenta

A partir dai instalou-se uma polêmica sobre a existência ou não do termo. Alguns gramáticos, mais adeptos da evolução constante da língua, alguns deles diplomando erros crassos em livros escolares, aceitam o termo alegando que ele já existe, timidamente, desde o século 19 e que a língua é viva e sendo assim como a palavra foi reivindicada, no caso pela presidente Dilma, ela pode ser usada. Alegam que outras palavras como estudante, atacante não foram reivindicadas para o uso e por isso não são usadas.

O fato de a língua ser um mecanismo vivo, evolutivo, não nos dá o direito de criar ou sacramentar erros. Existe uma língua culta e uma língua popular, onde algumas liberdades são consentidas.

É preciso lembrar que a palavra presidente é particípio ativo do verbo presidir; presidente é quele que preside. Se assim não fosse teríamos que ter estudanta, atacanta, visitanta.


Um bom exemplo do erro grosseiro seria: A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.


Portanto, discordamos de Pasquale Neto quando ele afirma que: "Se ela disser que quer ser chamada de "presidenta", que seja feita a sua vontade - por que não?"

Afinal, quem é ela: Rainha Dilma?

Por outro lado, querer transformar esta escolha uma homenagem à mulher brasileira, como parece ter sido a intenção de Dilma ou classificar aqueles que discordam do termo como machistas é uma enorme bobagem.