segunda-feira, julho 30, 2012

Brasil Das Leis Que Não Pegam

Remédios sem receita no Balcão
Quando minha família me deu uma educação baseada no respeito às leis e normas vigentes, na honestidade e na ética esqueceu-se que eu viveria no Brasil, um país em que esses valores não são cultuados e quem os cultua sofre angústias todos os dias por se sentir diferente.


O recente episódio no qual a Anvisa recuou de sua norma anterior, pela qual os remédios não dependentes de receita médica ficariam fora do alcance do consumidor é mais um a se somar nas repetidas regulamentações que são contestadas seja pela sociedade, pelos poder econômico ou pela malandragem e desonestidade do povo. São as famosas "leis que não pegam", coisa tipicamente brasileira.


Assim, vem acontecendo com todas as ações que visam o estabelecimento da ordem pública, situação que só temos estabelecida na bandeira, mas não na realidade do dia-a-dia da população brasileira.


Afirma a Anvisa que sofreu inúmeras pressões e os laboratórios praticam cartel e se associam aos comerciantes para empurrar para os consumidores os remédios mais caros que rendem maiores comissões aos balconistas.


A pergunta que não quer calar: os laboratórios agiriam assim em seus países de origem, onde as normas são muito mais rígidas e o paciente muitas vezes sequer sabe a substância que está tomando? Duvido, mas aqui é a casa da mãe Joana, eles sabem que leis não pegam, a impunidade graça, e manipulam.


Até quando vamos continuar assistindo a criminalidade pela televisão, escondendo dinheiro na cueca, recebendo propina e continuando a ser votada e eleita impunemente.

sexta-feira, julho 27, 2012

Evangelhos e o Mito Cristão

Qumran Scroll
Eu fico impressionado, como existem pessoas preparadas, com um certo nível cultural e que certamente têm acesso às pesquisas que nos últimos 200 anos têm sido realizadas sobre o personagem Jesus e sua história e ainda falam em termos de um Jesus como sendo inteiramente responsável pelo que está dito e relatado nos três evangelhos sinóticos e no evangelho de João.  Quando me refiro a história não quero dizer os escritos evangélicos que além de não serem peças inteiramente históricas, ao contrário dos que os cristãos propalam, seus autores não foram nem contemporâneos ao fatos e nem as pessoas cujos nomes  são atribuídos à escrita desses evangelhos. Na verdade, desconhecemos os verdadeiros autores.

A pesquisa histórica séria, já provou que nem tudo que está nos evangelhos foi dito ou realizado por Jesus, mas também por comunidades que o reverenciavam e ajudaram a criar o mito Jesus, incluindo ai a ressurreição.

Jesus e seus seguidores imediatos eram Fariseus, Jesus não tinha nenhuma intenção de fundar uma nova religião. Ele se considerava como o Messias da tradição judaica no sentido intrínseco do termo. i.e., um líder humano que restauraria a monarquia judaica, expulsaria os invasores romanos, estabeleceria um estado independente judeu e inauguraria uma nova era de paz, justiça e prosperidade. (conhecida como o Reino de Deus) para todo o mundo.

Jesus acreditava ser a figura profetizada na Bíblia Hebraica que realizaria todas essas coisas. Ele não era um militarista e não construiu um exército para lutar com os Romanos, uma vez que acreditava que Deus realizaria o grande milagre de quebrar o poder de Roma. O milagre teria lugar no Monte das Oliveiras, tal como profetizado no livro de Zacarias. Quando este milagre não aconteceu, sua missão falhou. Ele não tinha intenção de ser crucificado como um ser divino e teria encarado esta ideia como pagã e idólatra, um pecado contra o primeiro dos dez mandamentos.

Sequer a ideia de amor aos inimigos era original de Jesus, pois já existia na tradição judaica.

Os primeiros seguidores de Jesus, liderados por Tiago e Pedro, fundaram a Igreja de Jerusalém após a morte de Jesus. Eles eram chamados de Nazarenos e relativamente a todos os preceitos judaicos suas crenças eram indistintas das dos Fariseus, com exceção de que acreditavam na ressurreição de Jesus e que Jesus era realmente o Messias prometido. Eles não acreditavam que Jesus era uma pessoa divina, mas acreditavam que por milagre de Deus, ele tinha sido trazido novamente à vida após sua morte na cruz e breve voltaria para completar sua missão de expulsar os Romanos e iniciar seu reino messiânico.

Os Nazarenos não compactuavam de que Jesus havia ab-rogado a religião judaica ou o Torá. Por terem conhecido Jesus, pessoalmente, eles estavam seguros de que ele observara a religião judaica toda a sua vida e nunca havia se rebelado contra ela. Suas curas aos sábados não eram contra a lei Farisaica.

Os Nazarenos eram eles próprios bastante fiéis às leis religiosas judaicas. Eles praticavam a circuncisão não comiam das comidas proibidas e demonstravam grande respeito ao Templo. Também não se consideravam como pertencendo a uma nova religião; sua religião era o judaísmo. Estabeleceram sinagogas para seu uso, mas também compareciam a sinagogas não-Nazarenas em certas ocasiões e realizavam o mesmo tipo de sacrifício nas suas sinagogas que os demais judeus praticavam. Esse é um termo que pode ter causado a confusão na denominação de Jesus como "O Nazareno", denominação que provavelmente não tinha relação com a pequena vila de Nazaré, sequer citada no Velho Testamento, no Talmude, nos Evangelhos apócrifos ou na literatura rabínica.
 

Muitos como Jesus pregavam naquela época, mas é certo que algumas condições, especialmente, aquelas ocorridas na Galileia contribuíram para que em particular Jesus tivesse sua história eternizada nesse mito que se transformou no cristianismo. Ficaria muito longo discorrer sobre essas circunstâncias aqui, são fruto de mais de 20 anos de estudo do Jesus Histórico.

Se essas pesquisas chegassem ao grande público haveria uma chance de a população cristã compreender que está comprando um mito como verdade e então o cristianismo se tornaria mais puro, como doutrina de vida e não como uma forma de salvação que favorece aos aproveitadores, especialmente, os neopentecostais?

quarta-feira, julho 25, 2012

Gleiser: Deus Não Tem Espaço na Mecânica Universal

Marcelo Gleiser no Canal Livre da Band
Veja abaixo a primeira e a última parte da entrevista do físico Marcelo Gleiser ao Canal Livre da Band do dia 22/07. Na primeira parte da entrevista é feita a pergunta crucial quanto a necessidade ou espaço para Deus na Mecânica Universal. Pergunta, que de forma didática, ele só responde no último bloco.

No primeiro bloco ele explicou o surgimento da Ciência e mostrou como no início dos tempos, sem Ciência, os homens explicavam todos os fenômenos através da criação de divindades. Assim, tínhamos o deus do Trovão, o deus Hélio, dos gregos que carregava a carruagem do Sol ao redor da Terra e todos os fenômenos ganhavam um deus protagonista. Todas essas explicações eram razoáveis visto a total falta de conhecimento sobre os fenômenos naturais. Com a racionalização, advento e desenvolvimento paulatino da Ciência o homem não precisa mais dessas explicações, embora em pleno século 21 muitos teimem em mantê-las.


Marcelo Gleiser também explicou que a denominação partícula de Deus, para o Bóson de Higgs, surgiu de uma jogada de marketing do editor do livro de Leon Lederman, cientista que passou para a história como criador dessa infeliz denominação.

Obs. (Jan 2015): Aparentemente a Band, ou retirou os vídeos originalmente postados ou os modificou de local. Mantivemos o texto original da postagem e incluímos um novo link com a entrevista completa, que segundo o autor do up-load tem um pequeno corte que não foi possível recuperar

Entrevista Completa

sábado, julho 21, 2012

Grupo de Debates Presencial - Alexandre o Grande.

Publicamos na MPHP uma convocação para candidatos interessados em participação em um futuro Grupo Presencial de Debates/Discussão sobre Alexandre o Grande.

Toda o processo de formação até o final garante integral privacidade dos candidatos.

Leia as instruções sobre o processo de escolha e formação do grupo.

Você que se interessa pelo tema não deve perder essa oportunidade de debater sobre esse mito da história da humanidade.


segunda-feira, julho 16, 2012

Homossexualidade Anacrônica I

Jered Leto ator representa Hefastion
no filme de Oliver Stone - Alexander
Conforme prometido há quinze dias estamos publicando nosso primeiro artigo da série que vai tratar da sexualidade dos antigos gregos e macedônicos, explicando como o "establishment" LGBTs através de seus autores e comentaristas distorcem a história através da utilização da ficção, imaginação e anacronismos, que visam ajustar as narrativas das fontes primárias da história às suas orientações sexuais modernas.

Infelizmente, pelo tamanho do artigo ele não se encaixa no perfil de artigos a serem publicados em Blogs e portanto, sua publicação se deu no site da MPHP.

Aqui no Blog apenas direcionamos os visitantes que desejarem ler o texto.

Leia o artigo Homossexualidade Anacrônica I

Em breve publicaremos um segundo artigo enfocando especificamente o caso de Bagoas, o eunuco da corte de Alexandre, supostamente, um de seus relacionamentos.

sexta-feira, julho 13, 2012

Amostragem do Brasil: Para Refletir


11/07 - Senador Demóstenes Torres, teve o mandato cassado pelo Senado, 56 votos a 19 com 6 abstenções, por envolvimento com a quadrilha de Carlos Cachoeira sob acusação de falta de decoro parlamentar, ao servir de boy de luxo para o contraventor.

12/07 - Demóstenes Torres, 24 horas após ser cassado do Senado por falta de decoro e suposta corrupção assume como Procurador de Goiás com salário de R$ 24.000,00 com direito a dois assessores, mantém o foro privilegiado, passa de investigado a investigador, embora provavelmente peça licença prêmio, pedido que será avaliado por seu irmão, Procurador Chefe do Estado de Goiás.



13/07 Wilder Morais, suplente de Demóstenes Torres, suspeito de envolvimento com o mesmo Carlos Cachoeira, assume a vaga no Senado sem dar nenhuma explicação das acusações que pairam sobre ele ou sobre sua declaração ao IR com parte de seu patrimônio não declarado.



30/10 Mesmo condenado pelo STF por crimes de corrupção e formação de quadrilha o PT cogita deixar Genoino assumir a vaga de suplente na cadeira do petista Carlinhos Almeida, eleito para a Prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista. Um retrato da falta de sensibilidade e exacerbação do corporativismo, afrontando a corte suprema e a sociedade causando um flagrante malefício para as instituições desse país. Esta contestação pública dos resultados do julgamento não fazem bem ao país fato que só o PT não enxerga, toldado pelo seu  conhecido corporativismo.


Isto, é Brasil. 

Cabe, unicamente, a nós mudar esse estado de coisas.

quinta-feira, julho 12, 2012

Nem o Bóson de Higgs Salva!

Não pretendo aqui, tentar fazer o que nem os cientistas mais renomados não têm conseguido: explicar o Bóson de Higgs, ridiculamente, denominada por um cientista que não devia ostentar essa qualificação, de Partícula de Deus.

Animados pelo anúncio, contestado por alguns cientistas, que o CERN teria descoberto a partícula elementar bosônica, prevista por Higgs, um série de sandices têm sido publicadas e manifestadas por religiosos na Internet.

É curioso, quando a ciência deveria com suas descobertas evitar a fomentação de obscurantismo, ela mesma está a promovê-lo.

A equivocada denominação dada pelo cientista Leon Lederman é a causa de tanto tumulto  e do aparecimento de absurdas declarações em defesa da Criação. Se não fosse esse absurdo nome de batismo, provavelmente, esse esforço científico passaria ao largo do grande público. A denominação do Bóson de Higgs como Partícula de Deus foi um desserviço à ciência.

Se eu fosse crente até poderia usar o dito: quanto mais rezo mais assombrações me aparecem.

domingo, julho 08, 2012

Refúgio Entre Os Antigos II

Em dezembro de 2009, época do mensalão do DEM, escrevemos o primeiro desses artigos no qual nos refugiamos entre os antigos, para evitar o convívio mental com os desmandos dos Lulas, Malufs,  Dilmas, Demóstenes, Serras, Aécios e cias, todos farinha oriunda do mesmo saco.

Agora, a situação política do país, que nunca muda, nos faz novamente precisar desse refúgio e vou dedicar os próximos posts para publicar ensaios sobre uma pesquisa detalhada visando desmistificar conceitos equivocados sobre a vida sexual dos antigos gregos e macedônios, que a propaganda LGBT procura, anacronicamente, taxar de comportamento homossexual, condição inteiramente desconhecida dos antigos, pois se constitui caracterização específica para condições sexuais classificadas nos século XIX ou mais precisamente no século XX.

Embalada por diversos autores gays de renome, como Mary Renault, o "establishment" homossexual procura retratar comportamentos que, absolutamente, não querem compreender, classificando-os como sendo compatíveis com a homossexualidade, tal qual existente nos nossos dias.

Essa mistura entre ficção e história que explicamos no post anterior, provoca essa enorme distorção na História.

Vamos mostrar como isto é falso.

sábado, julho 07, 2012

Ficção e História: Melhor Não Misturar

Assim como muito amantes da literatura sou fã dos romances históricos, mas desde que eles mantenham separados os limites entre ficção e história.

Muitos autores de romances históricos se empolgam e acabam por resolver enigmas históricos e criar personagens fictícios com envolvimento nos acontecimentos históricos a ponto de até alterá-los. Essa prática é, extremamente, perigosa no sentido de que com o tempo e o eventual sucesso mercadológico das obras literárias, essas criações passam a ser consideradas, pelos leigos, como história.


Um exemplo clássico, onde a literatura imita a vida fazendo com que um personagem inteiramente fictício assuma ares de realidade recebendo uma completo folclore no seu entorno é Drácula, de Bram Stocker. Depois da obra de Stocker, um mito restrito aos países nórdicos, com pouca penetração como os vampiros, se torna objeto de interesse de milhões de pessoas no mundo, que passam a assumir o personagem como real. Em seguida, as produções cinematográficas terminam o serviço com a criação do evangelho segundo os vampiros com a publicação de toda sorte de guias de proteção e maneiras de se lidar com o monstro, chegando mesmo a estabelecer um culto vampiresco.


Voltando à questão histórica, citamos um exemplo característico, relativo à saga de Alexandre o Grande, nos qual o autor ultrapassa os limites da liberdade poética interferindo nos acontecimentos históricos. Trata-se da renomada e consagrada escritora inglesa Mary Renault, que se especializou na reconstituição romanceada da vida e dos costumes da Grécia se notabilizando sempre por uma detalhada pesquisa em todos os seus romances. Na maioria dos seus livros sobre a vida e saga de Alexandre, Renault sempre deixou sua imaginação dar vazão a inúmeras especulações não-históricas. O ápice dessas especulações ela apresenta em seu livro "The Persian Boy" na qual a biografia de Alexandre é narrada por Bagoas, supostamente um dos amantes de Alexandre, oriundo da corte de Dario III.

Devido às escassas referências históricas que existem sobre Bagoas, Renault, obviamente, teve que enriquecer sua história através de sua própria imaginação, sugerindo até que esse viveu seus últimos dias em Alexandria para onde teria acompanhado o corpo de Alexandre e até sido instrumento no plano de Ptolomeu para sequestrar o corpo.

Evidentemente, a condição homossexual de Renault contribuiu para essa visão estereotipada de um Alexandre, anacronicamente, enxergado como homossexual, fato que jamais pode ser pesquisado de dentro das fontes primárias.

Esse tipo de atitude contamina, irremediavelmente, a história e cria narrativas paralelas sem qualquer historicidade, que se tornam tão importantes como a história verdadeira, mas que a distorcem e muitas vezes a denigrem.

Corrupção Mata

A sociedade brasileira acostumou-se a lidar com a corrupção endêmica como algo inerente ao nosso sitema político, esquecendo-se que corrução mata.


Para citar apenas dois exemplos contundentes podemos listar o desvio de verbas para a saúde e também uma outra forma de corrupção, equivocadamente, menos considerada como danosa; as falcatruas na emissão de carteiras de habilitação nos DETRANs pelo país afora.


É espantosa a estatística sobre motoristas que obtém carteiras de habilitação sendo praticamente analfabetos. Esses criminosos são certamente balas perdidas nas nossas ruas e avenidas, pois sem capacidade de distinguir sinais e orientações de tráfego são causadores de uma quantidade enorme de acidentes com vítimas fatais além de desconhecerem, por analfabetos, a mínimas instruções de direção ética e defensiva.


Acorda Brasil. Corrupção mata.