sábado, dezembro 10, 2011

Subprodutos da Energia Nuclear


A Marinha Brasileira decidiu construir e operar submarinos nucleares baseando a escolha da opção apenas por critérios de estratégia naval, desprezando todos os demais critérios que poderiam influir nessa decisão.

A decisão trouxe a necessidade, também estratégica, de enriquecermos no país o urânio que precisamos. É claro, não só então para os submarinos, mas também para as centrais de energia.

Um dos subprodutos imediatos do enriquecimento do urânio é o DUF6 (urânio empobrecido)

Jamais chegaremos ao nível do inventário dos E.U.A, que atingiram a espantosa quantidade de 704.000 t de DUF6 , estocada em cerca de 57000 cilindros, mesmo porque muito desse produto é legado da guerra fria, mas em alguns anos estaremos estocando alguns milhares de toneladas também.

Estamos preparados para as consequências?

Aprendemos com EUA que assumiram problemas nessa estocagem?

Além disso, para limpar os sítios (D&D Descontaminar & Descomissionar), vão gastar US$ 40 bilhões e vão levar 40 anos para concluir. Iniciaram em 1997 e pretendem terminar em 2040.

Eu acho extraordinário termos desenvolvido a tecnologia de enriquecimento de urânio, mas temo pelas consequências do nosso "jeitinho brasileiro" no trato desse materiais.

A decisão é uma ação de Estado, já foi tomada, mas precisamos fiscalizar e fiscalização do poder público é uma atividade na qual não somos muito eficazes. Quando se trata de materiais perigosos a quantidade importa pouco. Lembremo-nos de Goiânia.

Leia um pouquinho sobre os problemas do DUF6

terça-feira, dezembro 06, 2011

Submarinos Nucleares: Descomissionamento - Parte 2



Publicamos a segunda parte do artigo sobre descomissionamento de submarinos.

Em breve, na MPHP mais um artigo abordando essa iniciativa da Marinha e suas sérias consequências que exigem um gerenciamento de rejeitos cuidadoso. Por trás da utilização da energia nuclear existem inúmeros problemas a serem gerenciados, em sua maioria desconhecidos do grande público.

Um desses problemas deixo aqui em foram de pergunta a ser respondida no artigo a ser ainda publicado.

O que é feito do urânio empobrecido DU (Depleted Uranium) que sobra como subproduto do enriquecimento do urânio para uso nos reatores nucleares? Como este material extremamente tóxico, embora de baixa radioatividade, (meia vida de 4,5 bilhões de anos) está sendo armazenado ou será armazenado?

O Brasil se prepara para fornecer todo o urânio enriquecido de suas centrais nucleares (Angra 1 e Angra 2 e Angra 3) e no futuro para seus submarinos. Quando essa primeira fase acontecer estaremos produzindo cerca de 80 toneladas de urânio enriquecido por ano e cerca de 400 toneladas de urânio empobrecido (DU), que deverão ser armazenados em tambores.

Os E.U.A., vai gastar em 40 anos, desde 1997 até 2040, US 20 bilhões para descontaminar e descomissionar os sites de produção do urânio enriquecido. Estamos incorporando a experiência deles, nascidas com seus erros, para não cair em custos elevados na ocasião de D&D, mesmo levando em conta a nossa menor escala?

Temos que ficar de olho.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Grupo Jesus Histórico: 10 Anos

No próximo dia 7 de dezembro se completam dez anos da inauguração do Grupo Jesus Histórico no YahooGroups . Desde então cerca de 500 pessoas já passaram por lá e cerca de 120 ainda continuam discutindo esse instigante tema.

Durante os anos de 2010 e 2011 a atividade decresceu bastante em virtude de problemas circunstâncias envolvendo o moderador e organizador da Lista.

Nesse momento, a Lista está tentando voltar aos tempos áureos de atividade de 2006-2009 e para isso está promovendo sorteios de livros sobre o tema objeto das discussões e debates.

Se você se interessa por este tema, acesse agora mesmo a Lista e solicite seu ingresso.
Quem foi Jesus? O que realmente disse? Que atos realizou? O que pretendia? Existe um Jesus Histórico? A Lista tem como objetivo debater o Jesus Histórico, aquele Jesus, homem ou mito, que podemos resgatar, retomar ou reconstruir, utilizando os instrumentos da moderna pesquisa histórica. Como documentos recentes, tais como os manuscritos encontrados em cavernas às margens do Mar Morto ou próximo à vila de Nag Hammadi, no alto Nilo, reformularam nosso entendimento deste personagem? Este Jesus Histórico será construído sem apelo à fé e será, com certeza,um produto científico que poderá ou não coincidir com o Jesus de Nazaré apresentado nos evangelhos.
Somos um grupo com regras bem definidas que você pode acessar clicando aqui, mesmo antes de se inscrever no grupo.

Esperamos você lá.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Preconceito Mata

Acompanho bastante as discussões sobre homofobia e casamento entre pessoas do mesmo sexo, que se desenvolvem, atualmente, em nossa sociedade.

Tenho a consciência e a certeza (eu acho) que não sou homofóbico e me sustento para afirmar isso em alguns fatos concretos.

Além de ter um ou dois amigos homossexuais, o fato de artistas e cientistas se declararem ser homossexuais não retira a minha admiração por eles. Assim, Somerset Maugham é meu autor preferido ao ponto de prezar sua escrita, de tal forma, que não me permito lê-lo a não ser na forma original. Não por pedantismo ou qualquer outra atitude elitista, mas por considerar que Maugham é um daqueles artistas da literatura que não merecem ser lidos em traduções que não o merecem.

Exemplificando no lado da ciência, me revolta enormemente a morte trágica de Alan Turing, em 1954, que acabou não resistindo á pressão social na Inglaterra dos anos 50 e se suicidou aos 41 anos privando a humanidade de sua genialidade que poderia ainda ser compartilhada por todos nós se sua vida e seu trabalho não tivessem sido interrompidos tão prematuramente.

Turing criou o teste que até hoje nenhum computador ainda passou, mas que devem ultrapassar, espera-se, ao redor da década de 40 desse século, quando então entraremos no que os matemáticos e cientistas denominam de Singularidade Tecnológica. Além disso contribuiu enormemente com os aliados durante a 2ª Guerra Mundial ao decifrar o código cifrado ENIGMA. das comunicações entre os U-Boats alemães.

Apesar de para mim esse meu comportamento relatado acima em relação aos homossexuais me autoriza a não me enquadrar como homofóbico, não consigo ainda aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Eu digo ainda, pois estou elaborando racionalmente essa questão.

A minha oposição não se pauta em qualquer crença religiosa, pois não as tenho, mas por pura compatibilidade com a natureza. Enxergo a relação homossexual como regulada, excessivamente, pelo prazer hedonístico, diferentemente, da relação heterossexual na qual a criação dos filhos confere um maior equilíbrio entre o puro prazer sexual na relação e a construção de uma vida companheira a dois que envolve a formação de outros seres humanos.

Alguns levantarão contra essa meu argumento que a ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo viria exatamente trazer o equilíbrio com a possibilidade de não só regular questões de direito civil, mas também permitir a adoção de crianças e a constituição de uma família à semelhança da relação heterossexual.

É exatamente esse ponto que não está claro na minha cabeça. Não consigo ver normalidade em uma criança crescer com dois pais sem uma mãe ou com duas mães sem um pai. O argumento que isso é melhor do que crianças abandonadas em asilos ou nas ruas, ainda não me convence. Que tipo de pessoas estaremos forjando sob esse ambiente. Ninguém pode responder isso levando em conta uma larga escala, casos isolados não são suficientes para nos dar uma ideia do que estamos fazendo com a sociedade do futuro.

Por outro lado, acho que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma corrente crescente e que vai atropelar a sociedade independente de ainda existirem resistências. O importante é que continuemos discutindo essa questão para que pessoas como eu venham talvez um dia a ceder aos argumentos em favor desse movimento que me parece inexorável e formemos uma sociedade harmoniosa com boa convivência entre todos.

terça-feira, setembro 27, 2011

Um poder de costas para o país


O GLOBO | OPINIÃO
JUDICIÁRIO | SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Um poder de costas para o país
MARCO ANTONIO VILLA

Justiça no Brasil vai mal, muito mal. Porém, de acordo com o relatório de atividades do Supremo Tribunal Federal de 2010, tudo vai muito bem. Nas 80 páginas — parte delas em branco — recheadas de fotografias (como uma revista de consultório médico), gráficos coloridos e frases vazias, o leitor fica com a impressão que o STF é um exemplo de eficiência, presteza e defesa da cidadania. Neste terreno de enganos, ficamos sabendo que um dos gabinetes (que tem milhares de processos parados, aguardando encaminhamento) recebeu “pela excelência dos serviços prestados” o certificado ISO 9001. E há até informações futebolísticas: o relatório informa que o ministro Marco Aurélio é flamenguista.

A leitura do documento é chocante. Descreve até uma diplomacia judiciária para justificar os passeios dos ministros à Europa e aos Estados Unidos. Ou, como prefere o relatório, as viagens possibilitaram “uma proveitosa troca de opiniões sobre o trabalho cotidiano.” Custosas, muito custosas, estas trocas de opiniões. Pena que a diplomacia judiciária não é exercida internamente. Pena. Basta citar o assassinato da juíza Patrícia Acioli, de São Gonçalo. Nenhum ministro do STF, muito menos o seu presidente, foi ao velório ou ao enterro. Sequer foi feita uma declaração formal em nome da instituição. Nada.

Silêncio absoluto. Por que? E a triste ironia: a juíza foi assassinada em 11 de agosto, data comemorativa do nascimento dos cursos jurídicos no Brasil. Mas, se o STF se omitiu sobre o cruel assassinato da juíza, o mesmo não o fez quando o assunto foi o aumento salarial do Judiciário. Seu presidente, Cézar Peluso, ocupou seu tempo nas últimas semanas defendendo — como um líder sindical de toga — o abusivo aumento salarial para o Judiciário Federal. Considera ético e moral coagir o Executivo a aumentar as despesas em R$ 8,3 bilhões. A proposta do aumento salarial é um escárnio.

É um prêmio à paralisia do STF, onde processos chegam a permanecer décadas sem qualquer decisão. A lentidão decisória do Supremo não pode ser imputada à falta de funcionários. De acordo com os dados disponibilizados, o tribunal tem 1.096 cargos efetivos e mais 578 cargos comissionados. Portanto, são 1.674 funcionários, isto somente para um tribunal com 11 juízes. Mas, também de acordo com dados fornecidos pelo próprio STF, 1.148 postos de trabalho são terceirizados, perfazendo um total de 2.822 funcionários. Assim, o tribunal tem a incrível média de 256 funcionários por ministro.

Ficam no ar várias perguntas: como abrigar os quase 3 mil funcionários no prédio-sede e nos anexos? Cabe todo mundo? Ou será preciso aumentar os salários com algum adicional de insalubridade? Causa estupor o número de seguranças entre os funcionários terceirizados. São 435! O leitor não se enganou: são 435. Nem na Casa Branca tem tanto segurança. Será que o STF está sendo ameaçado e não sabemos? Parte destes abuso é que não falta naquela Corte. Só de assistência médica e odontológica o tribunal gastou em 2010, R$ 16 milhões.

O orçamento total do STF foi de R$ 518 milhões, dos quais R$ 315 milhões somente para o pagamento de salários. Falando em relatório, chama a atenção o número de fotografias onde está presente Cézar Peluso. No momento da leitura recordei o comentário de Nélson Rodrigues sobre Pedro Bloch. O motivo foi uma entrevista para a revista “Manchete”. O maior teatrólogo brasileiro ironizou o colega: “Ninguém ama tanto Pedro Bloch como o próprio Pedro Bloch.”

Peluso é o Bloch da vez. Deve gostar muito de si mesmo. São 12 fotos, parte delas de página inteira. Os outros ministros aparecem em uma ou duas fotos. Ele, não. Reservou para si uma dúzia de fotos, a última cercado por crianças. A egolatria chega ao ponto de, ao apresentar a página do STF na intranet, também ter reproduzida uma foto sua acompanhada de uma frase (irônica?) destacando que o “a experiência do Judiciário brasileiro tem importância mundial”. No relatório já citado, o ministro Peluso escreveu algumas linhas, logo na introdução, explicando a importância das atividades do tribunal.

E concluiu, numa linguagem confusa, que “a sociedade confia na Corte Suprema de seu País. Fazer melhor, a cada dia, ainda que em pequenos mas significativos passos, é nossa responsabilidade, nosso dever e nosso empenho permanente”. Se Bussunda estivesse vivo poderia retrucar com aquele bordão inesquecível: “Fala sério, ministro!” As mazelas do STF têm raízes na crise das instituições da jovem democracia brasileira. Se os três Poderes da República têm sérios problemas de funcionamento, é inegável que o Judiciário é o pior deles. E deveria ser o mais importante. Ninguém entende o seu funcionamento.

É lento e caro. Seus membros buscam privilégios, e não a austeridade. Confundem independência entre os poderes com autonomia para fazer o que bem entendem. Estão de costas para o país. No fundo, desprezam as insistentes cobranças por justiça. Consideram uma intromissão.

MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos.

segunda-feira, setembro 19, 2011

Reinaldo Azevedo: Qual é a Sua?

Na verdade, alguns podem indagar qual seria a minha, responsável por um Blog que nem de perto pode rivalizar com Blogs da Veja, inquirindo e abrindo polêmica com um jornalista badalado?

O fato é que nem sei se ele vai chegar a ler isso, pois enquanto esse Blog também possui artigos com mais de 100 comentários, eles levaram quase cinco anos para se acumularem, enquanto a postagem à qual me oponho no Blog do Reinaldo Azevedo atingiu, em um só dia, mais de 170 comentários. Meu modesto Blog não recebe o suporte de nenhum órgão de imprensa, é apenas o repositório das opiniões de um cidadão consciente e que gosta de escrever sobre problemas da sociedade brasileira, uma capacidade de interação que a Internet oferece a todos os cidadãos comuns como eu.

Eu até tentei manter essa discussão no próprio blog dele, na Veja, por duas vezes, mas descobri que só são aprovados pela sua moderação os comentários que concordam com o que ele escreve, mesmo se postado com urbanidade e respeito. Então, não me resta outra alternativa senão contestá-lo em meu próprio terreno.

A postagem em questão se refere às críticas inconsequentes e nitidamente de quem não sabe o que está falando, sobre os recentes problemas no morro do alemão relacionados com a reação do tráfico, no início de setembro.

Em suas críticas apaixonadas, nitidamente com enfoque político, Reinaldo Azevedo não poupou sequer um colega seu, Arnaldo Jabor, que ousou opinar, favoravelmente, ao projeto de segurança das UPPs, do governo do Estado do Rio. Esclareça-se logo de saída, que não votei nem no Cabral nem no Paes, o que não me proíbe de reconhecer, de forma republicana, quando uma iniciativa tem méritos, atitude que parece não estar no rol de qualidade do jornalista da Veja.

No seu texto, Reinaldo Azevedo afirmou se pautar nos seus leitores cariocas que "sempre me disseram a verdade a respeito". A julgar pela quase totalidade de seus leitores que se manifestaram nos comentários, esses leitores também deixam exalar a sua incontida paixão política, dentro daquele espírito do que é feito pelo outro lado é, necessariamente, ruim.

Além disso, nota-se tanto no artigo, como na maioria dos comentários de seus conterrâneos paulistas, uma ironia e má vontade para com o povo carioca. Sente-se no ar, aquela ideia de que cariocas só se preocupam com praia e carnaval. Nada mais anacrônico e desrespeitoso para com a gente dessa terra.

Reinaldo Azevedo ignora e condena a única inciativa séria contra o tráfico em mais de 30 anos, taxando-a de inviável, pois "como pode dar certo o que está conceitual, técnica, moral, ética e legalmente errado?". Devido a essa frase, eu indaguei em um dos meus comentários censurados no seu Blog, que visto que ele sabia a maneira correta de combater o tráfico, porque não passava seu inteligente plano para o Beltrame contribuindo para a solução, em vez de atirar farpas sem propor alternativas.

Acusa a imprensa carioca de incompetente por apoiar o que denomina uma fraude e chega ao cúmulo de inferir que o governador havia feito um trato com os traficantes para que esses não aparecerem ostensivamente, concluindo que algo teria dado errado, pois os traficantes romperam o suposto trato. Em suas próprias palavras:"...se o tal território retomado estava ocupado pelo narcotráfico e se retomado foi sem confronto com aqueles bravos, o que que a gente deve concluir? Que se fez uma espécie de pacto com os donos da área, certo? Certo."

Foi tomado sem confronto porque não existe o mítico crime organizado Sr. Reinaldo. Isso sim, uma criação da mídia, se não me engano da paulista, quando dos confrontos com PCC em 2006. Fugiram do alemão como um bando de bermudas e chinelos e sem camisas porque são nada mais do que um bando.

Em sua diatribe política contra o sistema de UPPs V.Sa. não mencionou uma só vez as UPPs sociais que começam a ser instaladas pela Prefeitura, pelo contrário, fez questão de ridicularizar mencionando "crianças felizes batendo lata (geralmente sob os cuidados de alguma ONGs)

Há muito o que fazer e muitas dificuldades e aprendizados ainda virão, mas é lamentável que pessoas que detém o poder de um veículo de informação como a Veja o utilizem de forma tão irresponsável, atendendo tão somente às suas crenças políticas.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Nada Muda Nunca: Tira o Tubo


São pessoas morrendo em bondes e parques sem manutenção, engenheiros emitindo laudos sem vistoriar, deputados, flagrantemente, corruptos sendo inocentados pela Câmara e toda sorte de malfeitos sem que nada aconteça e nada ou ninguém mude o quadro antiético em que vivemos.

Enquanto um brasileiro educado, responsável e ético, um exemplo para o esporte brasileiro, luta pela vida após passar mal à beira do campo de exercício de sua profissão, outros brasileiros que não merecem viver, continuam desfiando seu rol de improbidades diante da sociedade paralisada.

Um personagem atuante, em grande parte responsável pelo que vemos hoje, já disse há muito tempo que são 300 picaretas no Congresso Nacional e você acha que é diferente disso? Inventam seu próprio código de ética onde tudo é permitido e legal, desde que satisfaça seus interesses.

Se me perguntassem para que serve o congresso brasileiro eu teria dificuldades em responder o que não deixa de ser uma situação extremamente triste.

Essa é uma postagem curta, não tenho nada mais a dizer diante do que vejo no dia-a-dia enquanto nossas leis ultrapassadas e benevolentes, criadas por quem já planejava burlá-las, não consegue deter esse estado de coisas.

Já dizia uma personagem de um antigo, mas atual quadro humorístico: "Tira o tubo".


sexta-feira, agosto 19, 2011

Edmundo, Prescrição e Ética

Temos escrito, frequentemente, sobre ética até abordando atitudes do ex-presidente Lula e nesses textos sempre deixamos claro a noção de que a ética é uma necessidade da subsistência humana, mas essa exige também uma dose de educação, pois os princípios éticos são teóricos, são universais e são regras, diferentemente, dos aspectos morais que são respectivamente, práticas, culturas e condutas de regra.

Ao analisarmos a conduta do ex-jogador Edmundo quando ele agradece a seus seguidores no twitter por uma suposta torcida em seu favor, após beneficiar-se da impunidade permitida pelas leis brasileiras que levaram o STF a extinguir sua pena, verificamos que ele e muitos dos ditos seguidores no Twitter encaram isso como normal. Isto é, consideram que é, absolutamente, ético a torcida para que um condenado permaneça impune.

Tanto Edmundo, como muitos desses seguidores apenas demonstram um despreparo cultural que lhes impede de perceber que estão protagonizando um papel antiético. Evidentemente, que nenhum deles tem responsabilidade pelo fato das leis brasileiras permitirem a procrastinação que acaba levando à extinção da pena.

É lamentável, mas é esse despreparo na educação, que se manifesta, por exemplo, no nosso trânsito caótico, nos fiscais que não fiscalizam e emitem laudos sem vistorias causando com bastante frequência resultados fatais que produzem relativismos no julgamento ético e transformam em normais, atitudes do dia-a-dia, que deveriam ser evitadas por todos em benefícios de todos.

Nada impede que o Edmundo de pena extinta leve uma vida normal, tanto no seu aspecto particular como no lado profissional, mas o que se espera e que ele compreenda a benesse recebida, que permite que ele seja um condenado impune, mas não permite que agrida a sociedade e, especialmente, as famílias de suas vítimas com demonstrações de "não-estou-nem-ai", como por exemplo angariar que lhe sigam na rede social twitter para que alcance a marca de 100.000 seguidores. Melhor seria que se mantivesse discreto, pelo menos durante o tempo que deveria durar sua pena, que foi extinta por obra de recursos ridículos, mas infelizmente legais de seus advogados.

O curioso é que quando postamos em nosso Twitter algo nesse sentido, sua reação foi de se colocar como nosso seguidor (@mphp) demonstrando algo que não sei bem se uma provocação ou uma bandeira branca.

Esperamos, sinceramente, que esse exemplo do ex-jogador sirva para que a sociedade organizada se mobilize para finalmente mudar essa construção legal que tem promovido tanta impunidade sobre os olhares estupefatos da sociedade.



domingo, julho 31, 2011

Nostalgia Cinza


Colégio Naval, Enseada Batista das Neves, Angra dos ReisHá um dito naval que reza que uma vez tocados pelo cinza naval este penetra em nossas veias e corre com o sangue pelo resto de nossas vidas.
Não importa o tempo convivido, especialmente, se iniciado no Colégio Naval, em Angra dos Reis, apelidado de "Esperança da Armada".

Talvez, ou com certeza, o fato de ingressarmos na vida naval pelo Colégio Naval, a maioria de nós, recém completando 15 anos de vida, no alvorecer de nossas esperanças futuras, com o coração repleto de entusiasmo e a mente povoada pelos sonhos, certamente, tem uma influência decisiva na marca que a Marinha deixará em nossas existências, aliado ao fato de que quase todos estão, pela primeira vez, se libertando das presenças paterna e materna e, então, nesse momento, passando a ser os controladores das próprias atitudes e de suas consequências.

Por outro lado, a natureza exuberante do local que propicia inúmeras aventuras pelas ilhas e praias da redondeza favorece a liga e a camaradagem que vão perdurar ao longo da vida, independente dos rumos que cada um venha a seguir, se carreira na Marinha ou na vida civil.

Nesses tempos de redes sociais, em que os contatos humanos se tornam cada vez mais virtuais, lembro-me de uma situação pitoresca que acontecia com uma certa frequência quando ocorria algum entrevero entre colegas e que dá uma ideia do que é cursar o Colégio Naval e porque voltamos lá para descerrar placas comemorativas dos 30, 40 e 50 anos de nossas passagens pelo estabelecimento. Alguns sequer completaram um ano no CN e comparecem a essas cerimônias, o que prova a força do cinza.

Desavenças momentâneas em jovens confinados, com os hormônios á flor da pele é a coisa mais natural do mundo, mas em uma organização militar isso é uma falta grave e quem quer que acabasse saindo na "porrada" estaria sujeito a sérias medidas punitivas que afetariam o conceito final e, mais importante, as licenças quinzenais.

Mas para tudo há um jeito. Existia e ainda existe até hoje, ao final da pista de atletismo, que pode ser vista na foto, um muro com a frase "Mens Sana in Corpore Sano". Hoje parece que a frase mudou para ostentar; Colégio Naval, Esperança da Armada", e era para lá que se dirigiam os contendores a fim de resolver suas diferenças.

Acontece, que a distância média até esse muro, que esconderia a contenda dos olhares dos oficiais, e os locais de convívio mais comuns, como o pátio interno, implicava em uma caminhada de pelo menos 500 a 1000 metros. Ora, não há entrevero que resista à racionalidade que aflorava durante o curso dessa distância e a "porrada" quase sempre não acontecia e as pazes eram firmadas antes ou na chegada ao Mens Sana.

São fatos como esse que nos impedem de jamais esquecer os anos vividos no Colégio Naval e que em grande monta ajudaram a moldar a nossa personalidade com a ajuda do fermento cinza correndo nas veias.

sexta-feira, junho 10, 2011

Decisão equivocada alimenta impunidade

A declaração de hoje do ex-presidente Lula, afirmando que a Itália deve respeitar a soberania brasileira é no mínimo patética.

Lula negou extradição a um meliante considerado pela justiça italiana como criminoso comum e condenado em todas as instâncias judiciais daquele país e também por organismos internacionais.

Ajudado por um surpreendente Supremo Tribunal que parece não conhecer o Direito Internacional, Lula e o STF passaram a mensagem ao mundo de que a justiça de um país democrático como a Itália é incompetente e violadora de direitos humanos e ao contrário do que diz o ex-presidente, desconsiderou o tratado de extradição assinado pelo Brasil e a Itália.

O STF deixou ao Presidente a decisão, isso até pode ser aceito, mas uma decisão que deveria ter sido tomada dentro dos limites da Lei, que já tinha sido interpretada pelo próprio STF no julgamento do mérito em 2009.

O Brasil não merece o desgaste provocado por uma decisão equivocada, pautada em ideologias emanadas da sua troupe esquerdista apreciadora de ditadores e tiranos e que demonstrou comportamento, inteiramente, oposto no caso dos atletas cubanos durante o pan-americano de 2007, quando os desertores foram rapidamente entregues ao "coleguinha" Castro.



sábado, maio 28, 2011

Alexandre O Grande - 1956 Rossen


Da mesma forma que fizemos para a resenha publicada há cerca de 18 meses, sobre o filme Alexandre o Grande de 2004, de Oliver Stone, inserimos uma cena na resenha do filme relativo à versão de 1956, de Robert Rossen.

Vale a pena conferir.


sexta-feira, maio 20, 2011

Transformando Liberdade em Libertinagem



Não sou religioso, muito pelo contrário, e portanto, o Deputado Jean Wyllys, eleito por essa nefasta lei eleitoral, não pode me acusar de fundamentalista como faz com todos que se colocam contra essa aberração do PL 122.

Evidentemente, condeno toda a violência contra homossexuais, que aliás se valem de uma estatística falaciosa quando revelam os números dessa violência, mas ao mesmo tempo sou, absolutamente, contra o PL 122 e tudo o que se tem tentado fazer no MEC a respeito dessa dita causa gay.

Acho que cada um tem a livre escolha da opção sexual, mas isso não dá direito de transformar essa opção em meio de vida a ser proposto para o resto da sociedade. Do jeito que os acontecimentos sugerem, em breve o constrangimento será dos casais heterossexuais, que segundo o censo de 2010 do IBGE, correspondem a 99,85% dos casais brasileiros.

É um verdadeiro absurdo que uma minoria como essa (0,15%) esteja tentando impor seus valores ao restante da população, sob o olhar complacente dessa maioria. Isso só se explica pela enorme concentração de gays nos meios de comunicação, fato que certamente ajuda a criar essa distorção.

Essa complacência vai permitir novos saltos. As declarações públicas de um dos mais importantes líderes do Movimento Gay, o Sr. Luiz Mott, são estarrecedoras. Ele afirma, nas entrelinhas, que o próximo passo do movimento será pela descriminalização da pedofilia. Julio Severo mostrou isso com documentos. Acessem o seu Blog e leiam. São palavras do próprio ativista, que devia estar na prisão e não sendo homenageado em programas de televisão como o do Jô Soares, outro propagandista da causa gay.

Homossexuais têm o direito garantido pela Constituição Federal de liberdade e proteção contra a violência e não precisam, como uma casta privilegiada, de leis específicas. Se assim for teríamos que ter leis específicas para tratar de preconceitos contra gordos, magros, feios e assim por diante.

A sociedade brasileira precisa acordar e pensar bem nos rumos que deseja imprimir a seus costumes parando de importar ideias bem aplicadas no mundo desenvolvido e distorcê-las ao aplicar no Brasil. Somos mestres em transformar liberdade em libertinagem.


terça-feira, maio 17, 2011

Parece atual, mas escrito há 45 anos

Emil Farhat, 1966

Uma nação deve dar assistência, mas não direitos à incapacidade. Deve amparar os doentes, mas não premiar os ociosos resmunguentos, nem torná-los razão de suas leis, padrão de méritos públicos e limite das ambições cívicas ou econômicas. Deve fortalecer o espírito e os instrumentos de justiça, mas não transformar o sentimentalismo oco e elástico - e não o mérito - em medida para aferir valores e capacidade e julgar direitos e razões.

O Brasil tem que decidir-se entre ser essa grande Nação que todos sonhamos ou um vasto albergue.

É preciso dar um "Basta!" ao "coitadismo" na vida pública, ou então este país gigantesco, que o mundo já começa a apontar ironicamente como sendo "apenas, o país do futuro ... " jamais se erguerá além do afundado subnível econômico-social das cubatas africanas, ou da desoladora paisagem de mentes ocas e bocas vazias das potências meramente geodemográfícas.

Não é admissível que o nhem-nhem-nhem do "coitadismo" continue a ditar a essência da jurisprudência e do espírito das leis sociais brasileiras num convite oficial ao amolecimento nacional, ao imobilismo geral, ao caradurismo total, ao mais inerme e boçal parasitismo. :É preciso que haja coragem moral da parte dos verdadeiros homens públicos para dar esse "Basta!" solene e dramático à coorte dos falsos guias-de-cego, composta de certos senadores e deputados que vivem da cata histérica e inescrupulosa de votos-de-favor junto a classes, grupos e grupelhos.

Esse tipo de "legisladores" pensa que tem o direito de amarrar e comprometer o destino do país e, principalmente, o das novas gerações ao seu pessoalíssimo problema particular de obter ou garantir uma cadeira no Congresso. Pouco se lhes dá que acabem por liquidar a Nação, por atacado e a varejo, num leilão interno de favores e concessões, desde que estes lhes tragam o sonhado ricochete dos votos pingados nas urnas.

É preciso que esse tipo especialíssimo de "altruístas", que exercem na vida pública sem-cerimoniosamente a política do amigo-do-alheio, pois estão sempre dando o que é dos outros - e pior ainda: o que seria das gerações vindouras - é preciso que saibam que nenhuma Nação é suficientemente rica para agüentar carregar um corpo de leis sociais e assistenciais calcadas na preocupação dos favores aos menos capazes, aos menos dedicados, aos dispensáveis de toda natureza e por todos os motivos.

Por que essa muralha de garantias ao que não fez e não quer fazer força? Por que requintes de proteção aos que abominam o suor e o esforço? Por que a preocupação de padronizar o futuro e a prosperidade de todos pela indiferença dos que não se importam com o amanhã, nem mesmo com o hoje, avessos que são a todos os compromissos com a vida, com a comunidade, com a organização onde "trabalham" ou onde simplesmente têm emprego?

O perigo desse descarado favoritismo visando a proteger os que desdenham de tudo é fazer o homem comum - que é tão cioso de não ser ludibriado - tomar a inércia como padrão para recompensa, considerar o desinteresse como atitude exemplar, ou concluir que a deslealdade é que é digna de proteção contra os que não a toleram e a punem pelo isolamento, pela expulsão ou pela dispensa.

Qualquer país se acercará do desastre social e nacional no instante em que o cidadão comum descobrir, nas leis que regem o trabalho e os direitos sociais, uma consolidação de favores que amparam a incapacidade, uma intencional compensação e proteção à frouxidão, e que cabem mais recompensas) legais ao lambonismo e à miúda esperteza que à perfeição e à exação no cumprimento do dever.

Nós temos sido embalados todos pela visão panorâmica das riquezas brasileiras, e muitos espíritos contemplativos dão-se por satisfeitos só em enumerá-las; entram em êxtase patriótico e acham que tudo está resolvido pelo simples fato de que existam tais dádivas da natureza, esquecendo-se ingenuamente daquela advertência maliciosa e precavida que foi mesmo a primeira página e a primeira lição de nossa História: “Em se plantando....”

Extraído de "O Pais dos coitadinhos", Emil Farhat, 1966 Cia Editora Nacional.


domingo, maio 15, 2011

Homofobia: Estatísticas Falaciosas



Minha posição conta o PL 122 é totalmente contrária, não em função de qualquer argumento religioso, mas por razões que vão muito além disso.

Trata-se da criação de uma casta intocável. As estatísticas do Movimento Gay sobre violência são falaciosas. Apenas 1% das milhares de mortes violentas no Brasil são relacionadas a homossexuais.

E os outros 99%, que merecem tanto ou mais atenção, em função da quantidade?

O fato é que quando a polícia identifica uma morte violenta de homossexual esta vai, imediatamente, para as estatísticas, porque dá IBOPE, enquanto as mortes dos outros 99% passam despercebidas.

A lei da homofobia cria uma casta de privilegiados intocáveis e associar-se o preconceito, que é uma situação a ser combatida, ao crime de racismo é uma aberração.

O Sr Luiz Mott, o líder homossexual que gerou e está na condução de toda essa movimentação, é um estratégico e a sociedade brasileira está caindo na onda dele. Leiam o Blog de Julio Severo para saber quem é esse homem. Lá, você vai encontrar que ele, praticamente, se declara um pedófilo e que depois do PL 122 lutará, estrategicamente, para descriminalizar no Brasil o crime de pedofilia. Julio Severo mostrou isso com documentos. Acessem o Blog e leiam. São palavras dele mesmo, que devia estar na prisão e não sendo homenageado em programas de televisão como o do Jô Soares, outro propagandista da causa gay.

Sou, absolutamente, contra a violência a homossexuais, mas absolutamente contra essa lei e contra o Kitgay do MEC, pois ao mesmo tempo que respeito a liberdade sexual não posso concordar com o incentivo à prática homossexual dos nossos jovens nas escolas públicas.

Se assim for tenho que parafrasear o que, supostamente, Bertrand Russell, teria afirmado: Na minha infância, era proibido, na juventude tolerado, vou embora da Inglaterra (Brasil) antes que seja obrigatório.

domingo, maio 01, 2011

Alexandre O Grande - 2004 Stone

Na resenha, escrita cerca de um ano atrás, sobre o filme de Oliver Stone, Alexandre O Grande, introduzimos uma cena do filme, de enorme beleza plástica, com os comentários relativos a sua eventual historicidade ou não.

Como apreciador de história, especialmente, desse período, estou um pouco frustrado, pois após quase 18 meses da publicação dessa resenha e quase 1.000 leitores, ainda não tivemos sequer um comentário.

Em vista disso resolvi, eu mesmo, fazer um comentário, enfocando algumas resenhas que li sobre o filme, escritas por críticos profissionais de cinema.

Fiquei impressionado com a mediocridade da análise desse supostos especialistas que, certamente, desconhecem os fatos históricos da vida de Alexandre e que essa versão, em grande parte, teve o mérito de considerar. Não poderia ser diferente, visto que o consultor do filme foi um renomado historiador.

Esses críticos se fixam na mocidade de Angelina e no aspecto chorão do Colin Farrell (o que aliás concordo) esquecendo-se, completamente, das virtudes incontestáveis do filme, tais como creditar a Felipe II a criação e preparação do exército de Alexandre.

Enfim, essas coisas apenas me fazem ter mais reservas com relação a críticos de cinema quando considerar assistir qualquer filme.

Vale a pena conferir


domingo, abril 24, 2011

Redes Sociais: Socorro

As frustrações de um cidadão consciente, sem ser celebridade ou personalidade pública, na luta por tornar público um debate importante para a sociedade brasileira.

Leia o artigo e arregace as mangas se puder ajudar.



quinta-feira, abril 14, 2011

Homofobia Não, Incentivo Também Não!


O debate sobre homofobia, realmente, está passando dos limites, conforme, brilhantemente, mostrou Beto Fera em seu Blog.

Eu teria pouco a acrescentar, mas vou mesmo assim, discutir mais alguns aspectos desse tema que nas últimas semana tem dominado a mídia.

Eu começaria explicitando o significado do termo normal: Aquilo que é segundo a norma ou padrão. Ou seja, infelizmente, o termo anormal foi, indevidamente, tornado pejorativo devido ao uso para estados mentais, escapando do seu sentido exato.

Portanto, dizer-se que o homossexualismo é uma coisa normal, porque a mídia quer, não faz sentido e não faz jus à etimologia e ao significado da palavra e isso não tem nenhuma relação com homofobia. Hoje, com os meios de comunicação, inteiramente, percolados por homossexuais, quer se passar, pela goela, a ideia de que esse é um comportamento normal. Não é, mesmo com o empenho do Jô Soares e Cia.

Embora, já seja um clichê, nunca é demais afirmar que o que deve ser debatido é o homossexualismo, não o homossexual, assim como no caso das drogas o que deve ser debatido é o uso, não o usuário.

Nesse debate existem fatos realmente surrealistas, como denominar a parada gay, de Parada do Orgulho Gay. Orgulho de quê? Só posso entender como um desabafo contra as agressões imorais e descabidas sofridas pelos gays. Outro motivo não existiria para considerar um orgulho, ser gay.

Acho que é preciso afastar um pouco a hipocrisia. Nenhum pai ou mãe, com o filho ainda na barriga da mãe, exprimiria seu orgulho prévio na eventualidade de seu filho vir a ser gay. Se vier a ser, é claro que isso não deve afetar o amor. Mas orgulho?

Estamos vivendo uma intensa ditadura do politicamente correto, na qual fica viva a frase, supostamente, atribuída a Bertrand Russell sobre o crescimento do homossexualismo: Quando eu era criança era proibido, quando adolescente permitido, vou embora da Inglaterra antes que se torne obrigatório.

O recentes estudos para um Kit anti-homofobia comprovam que em vez de combater a homofobia, parece que o Ministério da Educação pretende entrar na onda da mídia e incentivar o homossexualismo.

Portanto, assim como Beto Fera "não aguento mais esse papo de homofobia"


quarta-feira, março 16, 2011

Vamos parar de brincar

Enquanto a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, toma uma atitude corajosa e coloca em cheque o funcionamento das usinas nucleares na Alemanha, ameaçando fechar, se preciso for até por decreto, os porta-vozes do governo brasileiro são evasivos e com argumentos desgastados e baseados na suposta estabilidade do solo brasileiro, defendem usinas igualmente de projetos ultrapassados, da década de 70, e submetidos a incompetência de gestão, que até hoje não definiu rotas de escape confiáveis nas rodovias, caso aconteça um acidente nuclear em Angra.


Esta na hora do setor de energia brasileiro parar de brincar com a energia nuclear e a Marinha Brasileira pensar, antes de construir um submarino nuclear, em se preparar para quando tiver que descomissioná-lo ou tirá-lo de serviço, atividade importante que sequer se preocuparam até agora.

Os "donos da verdade", característica que já conhecemos do corporativismo nuclear, ainda não se renderam, mesmo com as evidências de mais essa catastrofe que se anuncia no Japão.

A pergunta é: Com uma matriz energética como a nossa é importante manter essas caixas de Pandora tão próximas de densidades populacionais tão densas, como a localização de Angra e Itaguai onde a Marinha constrói a sua própria caixa de Pandora?

domingo, janeiro 02, 2011

Battisti: Quem explica?

Realmente, explicar a política externa do governo Lula é uma das tarefas mais difíceis para qualquer analista político sério.

Desde o namoro com Armajinehad até a decisão ao apagar das luzes de não extraditar o condenado italiano Cesare Battisti, o rumo empreendido à política externa brasileira pelo grupo que assessorava o ex-Presidente Lula só pode ser traduzido por argumentos que povoam, exclusivamente, cabeças como a do assessor Marco Aurélio Garcia.

Um problema que não é nosso, um suposto criminoso que nos basta frente ao criminosos nacionais pode se transformar uma questão italiana em um problema brasileiro de consequências danosas para o país.

A preocupação com os tratamento que poderá ser conferido pela justiça italiana ao condenado deles importa mais do que as condições em que vivem nossos próprios condenados em cadeias putrefatas e superpovoadas.

Como alguém já disse, para Dilma ter sucesso em sua política externa basta fazer o contrário do que fez Lula. Será que fará, tendo no Ministério das Relações Exteriores um pupilo de Amorin?

Alguém explique por favor; Porque Lula negou a extradição de Battisti? Confesso que não me ocorre nada plausível.

A promiscuidade mudou de endereço?


Dois fatos, durante a posse de Dilma Rouseff, mais ou menos ao mesmo tempo, podem ter passado despercebido ao grande público, mas não para um observador atento.

Ao final dos cumprimentos das delegações estrangeiras Dilma recebe cumprimentos da cúpula da Record com Bp. Macedo e diretores da emissora. Estranho e inconveniente, já que o recebimento de cumprimentos das autoridades e personalidades brasileiras foi feito logo em seguida em outro local para o qual Dilma se deslocou em seguida. Imediatamente antes dessa cena, a Globo encerrava suas transmissões da posse apresentando o Caldeirão do Huck e a GloboNews passava para cenas de estúdio.

Um pouco depois, a mesma Record exibia, com exclusividade, uma entrevista ao vivo com José Alencar, pelo telefone, diretamente do Hospital Sírio Libanês.

Essa preferência pela Record já havia sido inaugurada logo após às eleições quando a primeira entrevista da Presidente eleita foi dada ao Jornal da Record, quebrando uma rotina anterior, comandada pelo Jornal Nacional da Rede Globo.

Será ainda influência do ex-Vice e do bispo Senador, via ex Presidente Lula, ou Dilma está mesma inaugurando uma promiscuidade com a Record.

Tanto uma como outra não são democráticas, mas essa tem um tempero amargo a mais. Vamos ficar atentos a laicidade desse governo.