quarta-feira, agosto 19, 2009

Ética e Cultura


Já escrevemos bastante na MPHP sobre Ética, ocasião em que concluímos que a ética é uma necessidade da sobrevivência humana. Convido-os a ler aquele link, pois o que vamos desenvolver aqui é decorrência.

Os recentes acontecimentos que assistimos no Congresso Nacional, mormente no Senado, trouxeram para a discussão na Sociedade com bastante freqüência a questão da ética na política quando comparada com que constatamos na prática de uma ética partidária.

Aliado a esses fatos, vemos frequentemente o Presidente da República fazer comentários em questões que melhor seria, em respeito à tal liturgia do cargo, que ele ficasse calado.

As manifestações do Presidente Lula mostraram ao país um presidente que dá pouca ou nenhum valor à ética e, como já tivemos ocasião de escrever aqui mesmo, instituiu a Ética do Companheiro.

No entanto, talvez estejamos diante de um presidente que não reconheça os valores éticos em função da sua cultura, pois cultura e a ética estão intrinsecamente ligadas. Não nos referimos a palavra cultura como sendo a quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a qualidade na medida em que esta pode ser usada em prol da função social, do bem estar e tudo mais que diz respeito ao bem maior do ser humano, conforme explica Herbert Gonçalves Espuny em sua tese sobre Ética no Serviço Público.

Em outros governos, sem citar nome dos mandatários, jamais tivemos um presidente aprovando publicamente comportamentos nitidamente classificados como antiéticos e isso, estou convencido, não se dá hoje com o presidente Lula por má fé, mas por desconhecimento do que seja uma cultura ética.

Esse fato acende uma luz amarela no nosso senso crítico ao escolher um governante. É muito bonito e tocante mostrar ao mundo um presidente com a história de retirante que chegou ao mais alto cargo da nação, mas é preciso saber os riscos envolvidos nessa situação.

Por mais que o presidente queira se identificar com o povo, condição que na realidade ele consegue facilmente, suas manifestações devem servir de exemplo à nação e nunca serem niveladas por baixo e o nivelamento por cima só seria possível se o presidente conhecesse plenamente a cultura ética necessária para o exercício de seu cargo.

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